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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

" Para algum momento da vida - Cristovam Pavia"

Estamos juntos, quando vencemos e nos purificamos dia a dia,
E quando rezamos a Deus, e pedimos mais purificação...
E quando um descanso grato e humilde
É a recompensa.
..
Estamos juntos, quando a Poesia nos toca
E entramos como reis no Reino do Silêncio...
Quando sentimos que tempo e risos e lágrimas e tudo
Em nós amadurece...
...
Estamos juntos, quando a noite é fria ou o calor custa a suportar.
Quando a solidão é mais solidão
E vemos como a palavra Amor na boca de tantos é profanada...
- Oh! Ainda que nos separem Oceanos,
Estamos juntos, bem juntos, bem o sabes, numa profunda companhia!
..........................................................
BREVE EPÍGRAFE A NOSSA SENHORA
Senhora:
Eu sei que à dor mais rouca
Das horas mais desesperadas,
Só Tu trazes, como violetas no regaço, silêncio e paz...
 

"A hora dos cortes" por ANTÓNIO PEREZ METELO

"O ataque especulativo ao euro na Primavera de 2010 marcou a guinada das políticas orçamentais e do discurso na UE. Em vez de empreender uma saída suave dos fortes apoios estatais à economia despendidos em 2009, soou o alarme do sobreendividamento, nomeadamente da Grécia, de Portugal e de Espanha. Adicionalmente, agravou-se de forma alarmante a crise da banca na Irlanda, que atirou o défice público daquele país para impensáveis 32% do PIB. A hora passou a ser cortar os défices, rapidamente e em força. Nesta matéria não há mistérios: cortes na despesa pública e reforço de receitas do Estado, uma fórmula que já a conhecemos de 2002 a 2004, com os Governos PSD/CDS, e de 2005 a 2007 com o primeiro Governo de José Sócrates. Simplesmente, desta vez, existindo uma desconfiança acrescida por parte dos credores acerca da capacidade de cumprir os compromissos financeiros por parte dos países seus devedores, o grosso da redução tem recaído nos cortes na despesa: por terem efeitos mais duradouros; por demonstrarem a determinação dos governos em alcançar, com medidas muito impopulares, défices sucessivamente mais reduzidos nos próximos três anos; pelo facto do nível já atingido da carga fiscal dar sinais de crescente ineficiência na colecta de impostos adicionais. E isso está à vista no OE para 2011: 4100 milhões de euros a menos na despesa total, para um aumento de 2000 milhões de euros na receita fiscal. Nunca foi feito em Portugal. Será exequível?"

Diário Notícias,  Link

Borges: "O défice público é apenas a ponta do iceberg"

"António Borges diz que a situação do Portugal é pior do que parece e que o país está completamente dependente do BCE."

Diário Económico,   Link

"Fundos europeus para investigação e inovação - uma questão de retorno" - Eurico Neves

"Foi notícia recentemente, não apenas em Portugal mas em toda a Europa"

Jornal de Negócios,   Link

"Chamem mas é o FMI. E já!" - Camilo Lourenço

"Se você, caro leitor, faz parte do grupo de pessoas que pensaram que os dois principais partidos portugueses"

Jornal de Negócios,   Link

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A special report on Turkey: Anchors aweigh

"Turkey has made astonishing progress in the past decade, says John Peet. But how will it fare if the IMF and the EU are not there to keep it on the straight and narrow?"

 Economist,  Link

Economia vai entrar em recessão e serão precisos mais PEC's

"A economia portuguesa vai entrar num período profundo de recessão «durante muitos anos» e «vão ser precisos outros PEC s» considerou hoje o economista Daniel Bessa."

Sol,   Link

Abelhas batem computadores nos cálculos

"Segundo um estudo, o pequeno cérebro das abelhas consegue resolver problemas matemáticos complexos que fazem os computadores "deitar fumo".
As abelhas conseguem  estabelecer o percurso mais curto entre as flores onde pousam arbitrariamente, resolvendo de forma eficaz o "problema do caixeiro viajante", um dilema que os computadores podem demorar dias a resolver, dizem investigadores da Royal Holloway, Universidade de Londres.
O "problema do caixeiro viajante" consiste no processo matemático de determinar o circuito mais curto que é possível efectuar entre determinadas cidades de modo a que cada cidade seja visitada apenas uma vez.
"As abelhas resolvem este problema todos os dias. Visitam flores em múltiplos locais e, uma vez que despendem muita energia para voar, determinam rotas que lhes permitam voar o menos possível", diz Nigel Raine, da escola de biociências da Royal Holloway.
A experiência, feita com flores computorizadas, tinha como objectivo saber se os insectos seguem uma rota simples definida pela ordem em que pousam nas flores ou se tentam encontrar a trajectória mais curta. Depois de explorarem a localização das flores, as abelhas economizam tempo e energia, percorrendo a menor distância possível.
"Apesar dos pequenos cérebros, as abelhas são capazes de comportamentos extraordinários. Temos de compreender como conseguem resolver o problema do caixeiro viajante sem um computador", disse Raine."

Jornal de Notícias,  Link

A fronteira da pobreza por ADRIANO MOREIRA

"Há anos que os sinais da evolução do Estado português para a condição de Estado exíguo, isto é, com uma relação deficitária entre recursos e objectivos imperativos da governação, cresciam de aviso e de significado. Nesta data, em que a invocação da soberania repetidamente aflora como defesa contra as consequências das debilidades, e para impedir a erosão da igual dignidade na comunidade internacional, a circunstância de que sem capacidades não existe real estatuto internacional igual, implica assumir o dever da solidariedade de todas as forças políticas para que, adoptando uma plataforma comum, reponham a confiança da população e tornem aceitáveis, com determinação, os sacrifícios exigíveis, remetendo para outro plano de intervenção constitucional a averiguação e imputação de culpas, de imprevisão, de falta de autenticidade, e de má governança.
A restauração do valor da confiança na relação global do Estado com a sociedade civil continua a ser a maior exigência no sentido de conseguir a mobilização das vontades dos cidadãos para que não se agravem nem as carências nem os temores, estes piorados pelo diálogo tantas vezes mais descredibilizante dos adversários do que esclarecedor das circunstâncias. Não parece de ignorar que por todo o Ocidente, e portanto também pela Europa, a debilidade das lideranças é evidente e preocupante, que a sociedade civil europeia mostra em vários lugares a insatisfação, agravando os medos, por uma desobediência civil violadora de todas as regras do civismo responsável.
Tardam a aparecer as vozes renovadoras e mobilizadoras das solidariedades e das esperanças que deram provas de capacidade quando a devastação da última guerra exigiu enfrentar um desastre sem comparação com a crise actual, vozes que não eram as dos responsáveis pelo cataclismo, era uma nova geração de cidadãos que não rejeitava os cargos políticos, as dificuldades, nem as definições de novos futuros. A questão do Estado social ameaça desenvolver-se ao contrário desta exigência, quando a sua principiologia é indicativa e não imperativa, vem na Carta dos Direitos Humanos e diplomas complementares da ONU, e está plasmada nos assumidos Objectivos do Milénio, dos quais a ONU não desiste embora lute pelos meios que escasseiam. Não pode exigir-se o seu desenvolvimento quando os meios, mas não a vontade, evidentemente faltam, mas renunciar aos princípios é como que deitar fora a esperança, sem a qual enfraquece a determinação cívica. A sociedade civil tem o dever e o poder de abrir caminho a uma nova geração de responsáveis, de mobilizar o civismo dos melhores para não recusaram os cargos políticos, e não ficar submetida a um dogma de enquadramento partidário inviolável que não vigora nos Estados parceiros da União. Porque, se a situação conhecida é grave, a prospectiva não é animadora de uma melhoria próxima, nem o futuro das próximas gerações lhes pode ser anunciado fácil. Mas sem a reposição da confiança na relação entre a sociedade civil e o Estado, em todas as vertentes da soberania e da administração autónoma ou não autónoma, é difícil que a decisão de os melhores ficarem não seja ultrapassada pela vontade crescente de partirem em busca de outro futuro e segurança.
A regra de que o subdesenvolvimento tem a sua mais grave expressão no facto de a sociedade precisar do técnico, ter o técnico, e não ter emprego para o técnico, parece animar a emigração dos quadros. Numa circunstância em que a fronteira da pobreza, que, durante o século passado, o PNUD desenhava excluindo a cidade planetária do Norte, abundante, afluente, e consumista, está a deslocar-se para o Norte do Mediterrâneo, onde não abundam as vozes que assumam responsabilidades pelo desastre do globalismo económico e financeiro sem governança, e o aparecimento de responsáveis da nova geração, determinados, competentes, e desassombrados, que não esqueçam os imperativos do humanismo, tarda a verificar-se. A sociedade civil tem o dever de tentar abrir caminho a uma nova geração de responsáveis, que coloque um ponto final na decadência dos ocidentais."

Diário Notícias,   Link

"O que um Orçamento (aprovado) não garante" - Camilo Lourenço

"Numa altura em que há indicações de que pode haver acordo para o Orçamento do Estado de 2011"

Jornal de Negócios,  Link

"Inconcebível 178º lugar - um novo rumo! "- Jorge Marrão e J. M. Brandão de Brito

"Na situação crítica em que nos encontramos temos, a cada momento, de saber do que vamos ter de prescindir para garantir o futuro."

Jornal de Negócios,  Link

"A grande ilusão" - António Amaro de Matos

"Os mercados registaram a inconsciência como a causa da situação actual e não esquecem, nem se deixam distrair."

Jornal de Negócios,  Link

"Salários" - Miguel Lebre De Freitas

"No longo prazo, os salários tendem a evoluir de acordo com a produtividade."

Jornal de Negócios,  Link

"O calvário dos salários" - Pedro Santos Guerreiro

"Tirar 110 euros a quem ganha menos de mil é tão cego e tão brutal que só há uma justificação"

Jornal de Negócios,  Link

Porto Santo perdeu 21 mil turistas

2Porto Santo Line perdeu 13,4% dos passageiros, no pior ano dos últimos cinco com a procura a concentrar-se no Verão, agravando a sazonalidade "


Diário Notícias,  Link

domingo, 24 de outubro de 2010

Is multi-kulti dead?

"A FEW months ago Germans were basking in the positive glow cast by their multicultural football team. They did not quite win the World Cup but did pretty well with a part-Ghanaian defender, a midfielder with Turkish roots and a striker from Poland. What a great advertisement for a Germany “open to the world”. Now suddenly the talk is of an immigrant-bashing, Islam-hating Germany nostalgic for the firm leadership of the 1940s. Why? And which is the real Germany?"

Economist,   Link

Schumpeter: Companies aren’t charities

"In poor countries the problem is not that businesses are unethical but that there are too few of them"

Economist,   Link

"Referências" - Vanessa Fernandes, Professora de Ballet

"Cultivamos a nossa mente assim como se cultiva uma semente no solo, que precisa ser regada e cuidada para crescer e dar frutos. Assim somos nós personificados.
Hoje tenho 29 anos de idade, sou professora de Ballet. Tenho a meu cargo cerca de 100 alunos com idades compreendidas entre os 3 e os 25 anos de idade. Diariamente deparo-me com questões, relacionadas com a forma de educar, instruir e cativar alunos. As crianças mais pequenas, fazem o ballet ou a dança moderna como actividade extra-curricular, mas na sua maioria trazem consigo o desejo secreto de poderem ser bailarinas,  e tornam-se sementes fáceis de cultivar. São regadas com o que tenho para lhes ensinar, e querem sempre mais. De tempos a tempos brota uma folha, uma flor...e crescem de forma admirável...e desejo, também eu secretamente, que um dia dêem frutos. Os mais velhos, esses sabem tudo, e qualquer tipo de disciplina é uma seca! Também eles querem ser bailarinos, mas vejo-os muitas vezes sem consciência do que estão realmente a fazer, e sem conhecimento da essência da área em que se estão a formar. Não entendem a diferença entre entretenimento e arte.

Como é que se educa e cultivam crianças e jovens que decidem estudar Ballet ou Dança Contemporânea numa ilha sem referências? Não conhecem mais nada além daquilo que os seus professores lhes transmitem e mostram. Por iniciativa própria poucos são aqueles que procuram saber mais, querer mais, ambicionar mais.
Estabelecido como um grupo de Dança Contemporânea, temos na Região apenas o Grupo Dançando com a Diferença. Outros...para lá caminham, mas não são ainda referências. As referências ajudam-nos a destinguir uma "coisa" de outra. Sem referências não há distinção, sem distinção não há consciência, sem consciência tudo é efémero... De vez em quando, deparo-me com alunos que são jovens promissores. Poderiam crescer, abrir asas e voar, voar pelo mundo, voar em busca das suas ambições, mas deixam-se perder na pequenez dos seus horizontes. Estes poderiam apetrechar as fundações que hoje estão lançadas, enriquecê-las com os seus frutos, e formar as referências do futuro. Secretamente, desejo que ganhem asas, cresçam e dêem frutos, e que um dia tenhamos as nossas referências..."


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"A lucidez de rejeitar o que é mau" - Raul Vaz

"A questão não é saber como estamos, é como vamos estar. O nó está na confissão do ministro das Finanças: “Não vejo muito mais por onde ir se os mercados nos exigirem mais”."

Diário Económico,  Link

" Sobre a decência" - Vitor Bento

"Miguel Veiga – um dos “senhores” da nossa democracia – lamentava-se, numa recente entrevista ao “Weekend do Jornal de Negócios”, da falta da “decência” (na acepção britânica do termo) como orientador fundamental da nossa vida cívica."

Diário Económico,   Link

" Como a China está a controlar o mundo" - Luís Leitão

"As últimas estimativas do FMI apontam para que o Império do Meio continue a crescer 10% por ano até 2015. Veja como pode colocar a sua carteira na rota dos ganhos chineses sem cair em armadilhas."

Diário Económico,   Link

"Legendas para a Verdade" - Marco Gomes

"No 'quase' milagre para sair da recessão humana, porque não olhar para a família?"

Diário Notícias,   Link

"A pedagogia obscura" - Raquel Gonçalves

"É dado assente que a ficção imita a realidade, mas a realidade é, por vezes, muito mais eficaz a imitar a ficção. Talvez porque lhe falte a imaginação para ser essa coisa concreta de que se faz a vida. Nos livros já está tudo escrito, preto no branco, sem ser preciso inventar mais nada."

Diário Notícias,   Link

Trindade pediu à CVC para incluir a Madeira

Maior operador brasileiro vai incluir a Região no seu catálogo Portugal

 Diário Notícias,   Link

Campismo teve ocupação inferior a 50%

Nem o turista de 'tenda às costas' escapou à crise no último Verão na Madeira

 Diário Notícias,  Link

"De mentira em mentira até chegar o FMI" - António Freitas Cruz

"Quando Sá Carneiro morreu no ainda misterioso acidente de Camarate, abriu--se diante de Pinto Balsemão o labirinto habitual da política portuguesa: ele era o sucessor natural, mas a complicada teia das ambições, invejas e traições, dentro e fora do seu partido, não lhe deu sossego. Balsemão foi vencendo as conspirações, mas acabou por se demitir. Aí nasceu a célebre frase de vitória em vitória até à derrota final.
Ocorre-me a lembrança a propósito do Orçamento para 2011, que não me atrevo a analisar como especialista (que não sou), mas que seguramente vou amargar como aposentado neste Portugal financeiramente amordaçado (assim escreveria, noutros tempos, o patriarca Soares).
Também agora poderemos dizer que vamos de mentira em mentira até à bancarrota. Ainda há pouco mais de um mês, o ministro das Finanças (que desilusão!) garantia que as contas seguiam em linha com o previsto, ao mesmo tempo que o primeiro-ministro (que confirmação!) vociferava contra aqueles a quem chamava catastrofistas ou alarmistas, consoante a arrogância do momento. Era o tempo em que Portugal chegou a ser chamado por Sócrates campeão europeu do crescimento...
Foi por este caminho de falsidades que os portugueses foram conduzidos ao maior suplício dos tempos modernos. Aprovem lá o Orçamento, abram as portas ao FMI - mas não deixem sem castigo (político e não só) os responsáveis por estes crimes.
É que já basta!"

Jornal de Notícias,  Link