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sábado, 6 de novembro de 2010

"Suécia: Malmö tem a alma ferida" - Thomas Engström

"Há vários meses que um atirador solitário semeia a inquietação nas ruas de Malmö. Estes acontecimentos chamam a atenção para uma cidade em mudança que luta para se livrar dos seus complexos e da sua imagem negativa."

Presseurop,  Link

Fiscal Monitor FMI, Novembro 2010

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Análise ING avisa que “Portugal pode ser o próximo elo mais fraco”

"O ING Group diz que Portugal está a ser afectado pelo nervosismo dos mercados em relação à Grécia e à Irlanda."

Diário Económico,  Link

Contas públicas Portugal tem de pagar 19,7 mil milhões até Junho

Analistas estão preocupados com o valor de dívida que Portugal terá de refinanciar na primeira metade de 2011. 

Diário Economico,  Link

"À procura do tesouro"

"Vivemos tempos em que o ritmo do desenvolvimento e da mudança é tão rápido e radical que nem sequer ousamos pestanejar com medo de perdermos algo importante. Só precisamos de pensar na palavra “Internet” ou “computador” para sentirmos o vento da mudança soprar na nossa direção.
Nada disto aconteceu por acaso. Centenas de milhares de mentes brilhantes, criativas e laboriosas contribuíram para criar este novo mundo. E muito pouco desta evolução se realizou sem imenso esforço e sacrifício.
Quantas férias perdidas, quantas madrugadas passadas no escritório ou no laboratório foram gastas antecipadamente como preço das fortunas, aparentemente fáceis, ganhas na Internet? São incontáveis, como um número demasiado elevado de esposas nos poderia dizer.
Qualquer que seja o período histórico, o progresso nunca foi barato. A maior parte de nós reconhece os custos implicados no desenvolvimento secular, mas muitos permanecem cegos e insensíveis ao preço a pagar no desenvolvimento espiritual. Será, talvez, uma questão de prioridades? Talvez.
Como Jesus recorda, “onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Antes que seja tarde, assegure-se de que os tesouros que persegue e guarda são, de facto, os mais preciosos."
P. Dennis Clark, In Catholic Exchange, Trad. / adapt.: rm
Imagem de blogue: rejane-enajer.blogspot.com
In Blogue Banquete da Palavra,  Link

Pestana vende Energólica e rede Carlton Life

Pestana vende Energólica e rede Carlton Life

Diário Notícias,  Link

Aeroportos recuperam movimento

Mercado britânico recuperou mais de 10% no mês de Outubro

Diário Notícias,  Link

Empresas madeirenses são as mais endividadas do País

Conferência abordou os protocolos familiares na sucessão


Diário Notícias,  Link

"Gestão (pouco) cultural " - Andreia Nascimento, Estudante da UMa

"No planeamento do Voz na Matéria fui seleccionada para falar sobre Gestão Cultural, mestrado em que estou matriculada na UMa. Raramente o fiz. Abordei muitos assuntos de carácter variado mas nesta minha participação vou, pela primeira vez, partilhar um pouco da minha experiência da Gestão Cultural na Madeira.
Sociedade e Cultura Madeirense, Estudos Interculturais, Marketing, Gestão Cultural de Projectos Multimédia e Artísticos, Empreendedorismo, Matrizes da Cultura Ocidental,   Gestão Cultural no Âmbito da Comunicação Global , Análise do Discurso Mediático  e Literatura, Cultura e Media  foram as cadeiras do ano curricular. Com uma propina elevada para muitos, este 2.º ciclo tinha como objectivo a aquisição de competências no sentido de podermos, em contexto laboral, criar e gerir projectos e dinâmicas culturais criativas, através de ferramentas de gestão adequadas.
Outras academias do país prevêem, na sua oferta formativa, este mesmo mestrado. A Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Instituto Politécnico de Leiria e a Universidade do Algarve e o ISCTE oferecem este mesmo mestrado onde cadeiras mais práticas e, talvez, mais pertinentes como Princípios Básicos de Contabilidade, Programação de Eventos Culturais, Gestão de Organizações Culturais, Sociologia Cultural, Gestão da Cultura, e Projecto em Cultura, Direito Aplicado à Cultura e Estudos de Mercado da Cultura fazem parte do plano de estudos.
Onde quero chegar? Afirmar que Gestão Cultural na UMa não está bem pensada, que não é um bom mestrado? Não. Não se trata disso. Apenas considero que este mestrado que a UMa oferece necessita de uma urgente reestruturação, pois os próprios mestrandos da UMa continuam a procurar formação suplementar, dentro e fora da Academia. Temos mestrandos que procuraram o curso que teve início no dia 25 de Outubro, num total de 66 horas, no Universo de Memórias? Não seria de esperar que 2 anos lectivos fossem mais do que suficientes?
É benéfica a reciclagem de conhecimentos e a busca por mais e melhor formação, mas será normal que esta procura tenha lugar ainda no decorrer de um Mestrado em Gestão Cultural? Como podemos falar em Gestão Cultural sem abordarmos assuntos como Políticas e Instituições Culturais, Liderança e Gestão de Equipas, Gestão na Cultura: Sustentabilidade Financeira e Angariação de Financiamentos, Financiamentos Públicos, Cooperação e Redes Culturais e Marketing nas Organizações Culturais?
De acordo alguns estudos recentes, o sector cultural representa 2,8% do PIB português e tem taxas de criação de emprego superiores à da maior parte dos sectores da economia. Não será este um motivo mais do que suficiente para exigir a reestruturação deste 2.º ciclo de estudos que mais parece uma licenciatura? Não devemos nós apostar mais na cultura?
Para mim, este Mestrado foi e está a ser muito gratificante, interessante e um desafio às minhas capacidades, principalmente de organização e de gestão do tempo. Contudo, não posso deixar de considerar que, tal como fazem em outras Universidade do país, na Universidade da Madeira deveriam incluir disciplinas mais pertinentes no plano de estudos deste mestrado ao invés de se utilizar verbas para que esses mesmos assuntos sejam abordados em pequenas conferências de 2 horas."

Próxima semana vai testar "risco político" - Jorge Nascimento Rodrigues

"Segundo a Markit, uma empresa que avalia o mercado de credit default swaps relativos às dívidas soberanas, "o risco político está, agora, no topo da agenda" "


Expresso,  Link

"Os moralistas da dívida" por Paul Krugman

"Se o Estado cortar os incentivos à economia, como querem os moralistas, vamos cavar a própria ruína, com a estagnação a prolongar-se e o desemprego a aumentar"

Ionline,  Link

Governo preparado para resistir ao FMI pelo menos 2 meses

"Nem que os juros da dívida passem os 7%, de que falou Teixeira dos Santos, o Governo vai recorrer ao Fundo de Estabilização da UE. A última emissão do ano é dia 10. Depois, é esperar que Merkel ceda no Conselho de Dezembro"

Diário Notícias,  Link

Capa Expresso 6 Novembro

Horóscopo de Portugal - Maria José Costa Félix






In Maria José Costa Félix, 2009,“Conheça bem as Asas que tem”, 1ª ed., Alfragide:Oficina do Livro.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Sex And Drugs And Markets’ Role" - Paul Krugman

Kevin O’Rourke has a post, What do markets want, raising the same issues I’ve been discussing about debt, austerity, etc.
But never mind all that: read the comments, specifically this one:
The markets want money for cocaine and prostitutes. I am deadly serious.
Most people don’t realize that “the markets” are in reality 22-27 year old business school graduates, furiously concocting chaotic trading strategies on excel sheets and reporting to bosses perhaps 5 years senior to them. In addition, they generally possess the mentality and probably intelligence of junior cycle secondary school students. Without knowladge of these basic facts, nothing about the markets makes any sense—and with knowladge, everything does.
What the markets, bond and speculators, etc, want right now is for Ireland to give them a feel good feeling, nothing more. A single sharp, sweeping budget would do that; a four year budget plan will not. Remember that most of these guys won’t actually still be trading in four years. They’ll either have retired or will have been promoted to a position where they don’t care about Ireland anymore. Anyone that does will be a major speculator looking to short the country for massive profit.
In lieu of a proper budget, what the country can do—and what will work—is bribe senior ratings agencies owners and officials to give the country a better rating. Even a few millions spent on bumping up Ireland’s rating would save millions and possibly save the country.
Bread and circuses for the masses; cocaine and prostitutes for the markets. This can be looked on a unethical obviously, but since the entire system is unethical, unprincipled and chaotic anyway, why not just exploit that fact to do some good for the nation instead of bankrupting it in an effort to buy new BMWs for unmarried 25 year olds.
That’s what I call a policy recommendation — and it’s better than most of what passes for wisdom these days.

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"Não chega uma legislatura" - Jorge Marrão

"Estamos hoje todos subordinados ao instantâneo. No inconsequente debate colectivo, exigimos melhorias instantâneas nos indicadores do crescimento do PIB, défice, dívida pública/privada e emprego..."

Diário Económico,   Link

"0,345% nos separam do FMI" - Pedro Carvalho

"46.028.000.000 é o valor da dívida que Portugal vai ter de vender no próximo ano a esses malandros que Sócrates não se cansa de apelidar de gananciosos e especuladores..."

Diário Económico,  Link

"Os impostos da PT" - Pedro Santos Guerreiro

"Se 4,3 milhões de portugueses lucrassem, cada um, mil euros a vender acções, o Estado receberia 860 milhões em impostos."

Jornal de Negócios,  Link

"Não é mesmo melhor chamar o FMI?" - Camilo Lourenço

As taxas de juro da nossa dívida pública atingiram novo recorde

Jornal de Negócios,   Link

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"A energia do silêncio" - Paulo Coelho



"Quando estamos quietos, nos damos conta de que alguém (ou alguma coisa) está procurando nos ensinar. Sempre que conseguimos parar nosso diálogo interior, algo de extraordinário termina acontecendo em nossas vidas. Descobrimos coisas que jamais pensamos conscientemente, mas que estão ali, prontas para nos ajudar.
Entretanto, o difícil mesmo é conseguir atingir este silêncio – nossa cabeça vive ocupada com músicas, listas, coisas para fazer, preocupações, notícias de jornais, cálculos matemáticos sobre nossas possibilidades financeiras.
Se conseguirmos deter este fluxo inútil de reflexões que não nos conduzem a lugar nenhum, tudo passa a ser possível."

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DV8 Physical Theater The cost of living

ONU corrige posição de Portugal no ranking do desenvolvimento

"Boas e más notícias: Portugal progrediu face a 2009 no Índice de Desenvolvimento Humano, mas as Nações Unidas explicam que o país estava afinal ainda pior classificado do que se julgava em anos anteriores "

Sol,  Link

Falta de financiamento suspende obras na Hotelaria

Hotel Quinta do Furão, em Santana, cancelou obra de ampliação da unidade

Diário Notícias,   Link

"O Orçamento de 2012" - João Duque

"É tradição das monarquias estabelecidas exaltar o novo rei assim que morre o anterior. “- O Rei Morreu! Viva o Rei!"

Diário Económico,  Link

"Um professor incontinente" por JOSÉ NUNO MARTINS

"Em 7 de Outubro fui à Ajuda assistir, no ISCSP [Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas], ao segundo dia das Provas de Agregação em Ciências da Comunicação, do professor universitário e investigador dos media doutor Nuno Goulart Brandão, que, tendo sido durante anos, profissional de televisão, é tido como profundo conhecedor de diversos campos da comunicação. A prova consistia numa lição, perante um júri constituído por sete catedráticos, aos quais o prof. Brandão apresentaria uma aula-síntese, sob o tema "As relações públicas e os papéis relacionais com os media". Fez, que eu vi, um notável exercício pedagógico, fluido, sistematizado e claro, sustentado por constante enquadramento teórico.
O professor catedrático Adriano Duarte Rodrigues ocupar-se-ia da arguição. Mas o insólito acontece. Questionando, com primarismo boçal, matérias hoje classificadas como temática científica em sedes internacionais do conhecimento universitário, o mestre desata em considerações genéricas, bolçadas num nível de linguagem intolerável, acerca dos fundamentos, do campo de acção e dos modelos de desempenho da profissão de relações públicas, que me deixou indignado e revoltado. Rodrigues reduzia o sério esforço pedagógico (que não arguiu) a meras questões vocabulares. E descomedido e chocarreiro, malbarata conceitos estáveis, tripudia teorias hoje indiscutíveis nas academias sérias da comunidade científica, desprezando autores consagrados e investindo a espasmos irreprimidos do seu fel, sobre áreas do conhecimento que assumiu não tanger.
Considerou, todavia, dever interrogar-se se relações públicas não constituirá uma expressão referida às "mulheres de vida pública" e às "relações" usuais em "casas de passe"... Parecia divertido na sua prosódia de abade com que Deus o castigou, a perguntar-se se as relações públicas não serão senão "relações privadas; talvez até, relações mais íntimas entre dois corpos"... Confuso e diabolizador, chega a questionar "se os ditos relações públicas não usam o médium para contactar com o além"... Insultou as profissões e milhares de profissionais oriundos desta área de estudo e nem se eximiu a deixar no ar torpes suspeitas quanto à fiabilidade da tese e da metodologia usada pelo prof. Brandão, sob os auspícios do seu sábio orientador, o professor doutor Paquete de Oliveira, meu ilustre ex-colega e actual provedor do Telespectador, que não estava presente. Ousou a insídia acerca de "comunidades ditas de foro científico que se prestam a estudar tais áreas de formação". E pôde ir por ali fora sem que algum dos outros jurados ou o presidente, cujo nome nem fixei, no mínimo o interpelassem quanto ao baixo nível de linguagem que usava!
Acho que quem mais se deslustra com o injusto impedimento ali imposto, num espectáculo tão degradante e indigno, ao prof. Nuno Brandão não será, certamente, o candidato. O instituto que acolheu provas desenvolvidas em tal registo de iniquidade é o primeiro prejudicado. Depois, são desacreditados, do júri, os membros que não souberam pôr mão, à desonrosa actuação do incontinente. E por fim, o próprio Adriano Duarte Rodrigues. A quem, pelo menos, eu recomendaria o impossível: que se actualize. E se contenha. "

Diário de Notícias,  Link

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Relatório da OCDE revela maior abrandamento da economia

"Um relatório da OCDE revelou, hoje, que o abrandamento da economia será ainda mais pronunciado do que o previsto. "A recuperação da economia mundial permanece frágil", avançou o relatório publicado na perspectiva da cimeira do G20 em Seul, nos dias 11 e 12 de Novembro."

Diário Notícias,   Link

Albergaria Dias pela 2ª vez no topo dos 'Holly' da TUI

Apenas dois hotéis madeirenses foram nomeados este ano para os TOP100 da TUI

Diário Notícias,   Link

Turismo reformula presença na Internet

SRTT e AP Madeira gastaram um milhão de euros nos últimos três anos

Diário Notícias,  Link

Corte no abono é "tiro" contra a família

'APFN' diz: Regras 'enriqueceram' de forma artificial as famílias com filhos

Diário Notícias,  Link

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Acerca da esperança


“Se você me ama, não chore por mim
Se você conhecesse o mistério insondável do céu onde me encontro...
Se você pudesse ver e sentir o que eu sinto e vejo nesses horizontes sem fim e nesta luz que tudo
alcança e penetra, você jamais choraria por mim.
Eu estou agora absorvido pelo encanto de Deus, pelas suas expressões de infinita beleza.
Em confronto com esta nova vida, as coisas do passado são pequenas e insignificantes.
Conservo todo o meu afecto por você, com aquela ternura que sempre nos devotamos.
O amor que lhe dediquei permanecerá na eternidade, íntegra e forte...
Pense em mim em plena alegria da vida, pois nesta maravilhosa morada não existe a morte.
Se você verdadeiramente me ama, não chore por mim.
Eu estou em paz.”
Santo Agostinho, séc. IV; in blogue: Tukakubana
 

"Olhe para a Alemanha, não para o FMI" por Ricardo Reis

"O nosso futuro próximo poderá passar muito mais pela Alemanha que pelo FMI. E as notícias de lá podem não ser muito boas..."

Ionline,  Link

"O povo não está com o MFA" - Pedro Santos Guerreiro

"Para David Schnautz, Portugal é uma linha numa folha de cálculo."

Jornal de Negócios,  Link

"Planos de austeridade: apontamentos de economia comportamental" - Miguel Pereira Lopes

"As opções tomadas nos recentes planos de austeridade tomados pelos governos de Portugal"

Jornal de Negócios,  Link

Angela Merkel consigns Ireland, Portugal and Spain to their fate

"Germany has had enough. Any eurozone state that spends its way into a debt crisis or cannot adapt to a monetary union set for Northern rhythms will face “orderly” bankruptcy."

Telegraph,   Link

O morto de boa saúde por JOÃO CÉSAR DAS NEVES

"Olha, parece que o Estado-providência morreu! Aliás, é melhor dizer que morreu outra vez, porque já perdemos a conta à quantidade de vezes que nos anunciaram o seu falecimento. Mas ele continua a ser o morto mais saudável que conhecemos.
Nesta monumental tragicomédia em que se tornou a nossa política orçamental (comédia política, tragédia económica) volta a dizer--se que o Estado social, como o conhecemos, vai desaparecer. A razão é a do costume: não há dinheiro. Estas declarações geraram as habituais reacções, do furor indignado à penitência compungida. Só não se vê aquilo que realmente melhoraria a situação: um pouco de equilíbrio e racionalidade. E decência. Mais uma vez, os maiores inimigos da segurança social são os que se dizem seus dedicados defensores.
O Estado-providência é composto por três processos diferentes. O primeiro é um mecanismo de poupança, em que se acumulam descontos no trabalho para se obterem pensões na reforma. O segundo garante seguros contra acidentes, como o subsídio de desemprego e outras prestações ligadas a circunstâncias especiais, apoios na doença, bolsas de estudo, etc. O terceiro elemento é de solidariedade, distribuindo aos mais pobres e promovendo a justiça.
Há séculos que todas as sociedades fazem poupanças, contraem seguros e dão esmolas. Mas nas últimas décadas, nos países ocidentais, o Estado interveio assegurando esses serviços a todos os cidadãos. Assim nasceu a segurança social, sistema nacional de saúde, escolaridade pública, etc. Estas políticas tiveram o aplauso unânime dos eleitores e rapidamente o sistema fez inchar a despesa pública e ocupou a maior fatia do Orçamento do Estado.
Tal popularidade garante que o Estado-providência não vai morrer. Quem o tem quer mantê-lo, e quem não o tem gostaria de o ter. O actual debate americano sobre o sistema de saúde é disso prova evidente. Assim seria bom evitar as declarações bombásticas sobre a sua extinção, pelo menos por parte dos defensores, pois apenas servem para aumentar a emotividade e o nervosismo, precisamente o mais prejudicial ao Estado social.
O único problema é que, por muito populares e poderosos que sejam, os sistemas de apoio social não podem fugir às regras da aritmética. Infelizmente, o oportunismo político tem repetidamente manipulado os termos financeiros do processo, fazendo assim perigar a sua sustentabilidade. Os piores inimigos do Estado-providência não são os neoliberais (que, se existirem, ninguém ouve), a crise internacional ou o sistema bancário. É apenas a estupidez. É espantoso como, sendo uma política que todos dizem defender, tantos façam tanto para a destruir.
Os ataques mais mortíferos são também três, todos partindo dos seus mais fanáticos promotores. O primeiro é o peso da máquina, tantas vezes funcionando para cumprir as suas manias, não para servir o público. Depois vêm os vários esquemas ruinosos que, dando votos no imediato, comprometem a prazo todo o sistema. A demência em descer sucessivamente a idade da reforma perante uma subida da esperança de vida, se não era sabotagem propositada, foi negligência criminosa.
Estes dois problemas estão diagnosticados e, mal ou bem, começam a ser abordados. A reforma da segurança social de 2007 foi um passo importante para a sustentabilidade do nosso sistema. Ainda existe muito irrealismo, como mostram as delirantes manifestações em França contra a subida da idade de reforma de 60 para 62 anos. Mas, apesar de tudo, é uma tolice a convicção generalizada de que em breve não haverá dinheiro para pensões.
O pior dos inimigos, que agora domina Portugal, é a suprema hipocrisia de certos políticos, alguns até auto-intitulados "socialistas", que perante um aperto financeiro por razões alheias ao sistema esquecem as juras de solidariedade e cortam nos apoios aos mais necessitados para manterem benesses dos grupos de pressão.
O Estado-providência não está morto. Nem sequer moribundo. Mas era bom que fosse tratado com um pouco mais de serenidade, realismo e, sobretudo, dignidade."

Diário Notícias,  Link

Dez anos a meter água por MARIA DE LURDES VALE

"Haverá melhor imagem que a do 2.º Juízo Criminal do Tribunal de Vila Franca de Xira para ilustrar o estado em que o País se encontra? Mais importante que o caseiro acordo para a viabilização do Orçamento entre o Governo e o PSD - em casa do professor Catroga não deveria chover - é a notícia de que vários processos ficaram parcialmente destruídos e a maquinaria sem funcionar por causa da água que entrou no contentor que serve de sala do dito tribunal desde o Verão. É tempo e material que se perdem. É dinheiro e trabalho que foram gastos inutilmente.
Este tipo de situações deveria fazer-nos pensar. São retratos de um Portugal que se deixa afundar pela inércia e pela ausência de uma cultura de responsabilização do Estado a quem pagamos e que nos falha naquilo que nos é devido. Se há ocasiões em que vale a pena ser pessimista, esta é uma delas. Só os que não querem ver a realidade é que podem atrever-se a dizer que está tudo bem, que existem muitas oportunidades, muitos casos de sucesso e que é possível, assim como num passe de magia, transformar este quotidiano sorumbático e deprimido num mar de rosas.
Vamos ter um Orçamento do Estado penoso, todos já o sabemos, e até ouvimos o Presidente explicar, na sexta-feira à noite, que a actual situação financeira é muito grave e não se compadece com atitudes que levem a uma crise política.
Já o sabemos. Sabemo-lo há demasiado tempo. Nós e os outros que olham para nós desde fora e que têm os números na mão. A realidade é que o FMI, a OCDE e a Comissão já perceberam que a crise portuguesa não é um problema resultante da crise internacional. É um problema de má governação, de baixo crescimento, de desemprego, de descontrolo das contas públicas e de perda de competitividade. Há dez anos que andamos a marcar passo, que estamos a ser ultrapassados pelos nossos parceiros na União Europeia e até pelos mais pobres - excepto o Haiti - a nível mundial. No relatório das Perspectivas Mundiais que o FMI apresentou há uns dias em Washington está lá tudo: Portugal é a segunda economia do mundo que menos cresceu na última década (6,47%); o nosso PIB é de 223,7 mil milhões de dólares, estamos em 38.º lugar, mas descemos três degraus em dez anos; o nível de riqueza por habitante é de 23 114 dólares, descemos do 34.º lugar para o 41.º, e nenhum país da UE registou uma queda tão abrupta no poder de compra como nós. E, para que possamos ainda ser mais pessimistas, a perspectiva é que, nos próximos cinco anos, Portugal (4,1%), Grécia (5,4%) e a Venezuela (5,8%) serão os países do mundo que menos crescerão.
Significa isto que, depois de uma década perdida, vamos continuar a meter água. Há que arregaçar as mangas e as calças! "

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Reportagem: Experiências positivas

Regina Alves e Lúcia Ferreira praticam terapias alternativas e revelaram à MAIS o que as motiva e os resultados.

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Factos: Tratar pelo semelhante

A Homeopatia é, segundo a Organização Mundial de Saúde, o segundo sistema terapêutico mais utilizado no mundo e ganha adeptos de dia para dia. Na Região está acessível a quem quiser.


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Em foco: "Mais não podemos fazer"

"Há sete anos que as medicinas alternativas aguardam regulamentação. A Acupunctura do Funchal propôs oferecer consultas grátis aos madeirenses durante um ano, através de uma parceria com o serviço de saúde. O Governo Regional nunca respondeu. A Ordem dos Médicos fala de uma utopia."

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Factos: Medicina integrativa conjuga-se com a convencional

João Carvalho vê a prática da medicina como um todo e preconiza a interligação das diferentes terapias, inclusivamente da própria medicina convencional.

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Capa: Alternativas, mas complementares

"As áreas de formação são diferentes, mas as ideias para o futuro encontram-se. Um osteopata, uma naturopata e uma psicóloga que utiliza Florais de Bach nas suas consultas concordam que as terapias alternativas são complementos importantes."

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Prémio ambiental da TUI chega a quatro hotéis da Região

Todas as unidades distinguidas estão situadas fora da cidade do Funchal

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Hotéis distinguidos pelo 'TripAdvisor'

Reid's e Pestana Promenade recebem certificados de excelência

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Reclassificação hoteleira está muito atrasada

Apenas 10 por cento das unidades existentes na RAM iniciaram o processo

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Faça você mesmo Como num filme, acompanhamos o debate sobre as contas do futuro "pré-fabricado" - Diana Pimentel

"A história é breve: um homem e uma mulher casam. Como presente recebem uma casa, «pronta-a-montar». Embalada num 'kit' compacto, esta morada dos tempos modernos pode ser construída em apenas uma semana. Não demora, portanto. Chegados ao pedacinho de terra que se fará seu, o homem e a mulher trabalham. A casa está pronta e, no entanto, torta. Torta, muito torta. O livro de instruções lido e seguido página a página, a ordem das peças uma a uma, os pregos e as marteladas necessários. E, no entanto, errada. Estranha morada. Ou não. Como em quase tudo o que se desacerta, a explicação é quase demasiado clara: o pretendente - preterido pela rapariga da história - tinha trocado as voltas aos números das caixas e desenhado, no lugar do número 1, um 4 (com mais dois traços, apenas), e, no lugar do número 3, um 8 (com mais duas voltas, tão simples). E assim a ordem se desordenara. Consequência: a tão moderna morada tinha a porta de entrada no primeiro andar; as paredes inclinadas; o telhado curto. Como lá entrar, como lá morar?
A história é de um filme (claro...), uma curta-metragem de Buster Keaton e de Edward Cline, de 1920. Sim, de 1920. Mudo e a preto e branco. O papel de marido é interpretado pelo próprio Buster Keaton e o de mulher por Sybil Seely. No original chama-se "One Week" (o tempo que, na história, a casa demora a ser montada). Vale a pena ver (em Internet Archives: Silent Films, http://www.archive.org/details/OneWeek).
Ora, porquê o cinema, agora? Nestes dias incertos em que a memória parece durar apenas o instante de um rodapé informativo (ou nem tanto), parece-me que estamos, como num filme, a acompanhar o debate sobre as contas de um futuro "pré-fabricado" (o orçamento ou a casa), número a número, agora certo, enfim errado (os cortes, os juros, as caixas do 'kit')...
A história (ainda) não acabou: uma tempestade revolta a casa e a chuva e o vento transformam-na num labirinto. Ela roda numa confusa dança. Passada a tormenta, a notícia: a casa tinha sido montada no lote errado. A casa sobre rodas, agora. E logo depois sobre carris, os de um comboio que se aproxima, depressa. Passou ao lado, ufa. Na ida. Na volta, a casa em escombros, sem ordem nem remendo. E agora?
Não o fim, ainda, ou apenas o do filme (talvez). A história tem uma moral (creio, mas não sei bem...): nestes dias de futuro contado (grão a grão), «pronto-a-montar», um homem sem o seu par desacerta a ordem, os números. A casa cresce, torta (e tarda a endireitar). O futuro é um comboio: ida - e volta.
E agora? O que será da casa (do país)?
"À VENDA" (livro de instruções incluído). "The End"."

Diário Notícias,  Link

Professor da UMa distinguido

"Seán de Búrca foi considerado o 24º investigador mais produtivo de entre 761"

Diário Notícias,  Link