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segunda-feira, 21 de abril de 2014

"Alguns gráficos interessantes da 11ª avaliação do FMI"

"A leitura dos relatórios do FMI sobre as sucessivas avaliações é sempre muito útil, e o mesmo sucede com o que foi hoje revelado. Nesta altura em que estamos a chegar ao fim do período da troika, há alguns balanços interessantes. E algumas ideias feitas que podem e devem ser desfeitas."

http://blasfemias.net/2014/04/21/alguns-graficos-interessantes-da-11a-avaliacao-do-fmi/

"A austeridade não resolve nada"

entrevista a João Salgueiro:

http://economico.sapo.pt/noticias/a-austeridade-nao-resolve-nada_191529.html

"Quais são os eixos de saída desta crise?
Há outro equívoco: a austeridade não resolve nada. Temos de convocar os portugueses para mudarem de vida e terem melhor desempenho e não para reduzirem só a despesa. Podemos reduzir a despesa constantemente e não resolvemos o problema. Precisamos é de mais competitividade.
Em Maio de 2011, o Governo da altura assinou um atestado de óbito para a política que estava a seguir. Essa política levou-nos à ruína, tivemos de pedir ajuda internacional e, desta vez, não foi o agravamento do preço do petróleo, foi a incapacidade de nos adaptarmos aos desafios da época. Ao assinarmos essa certidão de óbito, devíamos ter procurado outro modelo e a mim não me ocorre outro que não seja encorajarmos o investimento produtivo. Até aí, estivemos a fazer investimentos que depois implicavam maior despesa. Os países que se desenvolveram foram aqueles que criaram investimento produtivo, que cria emprego permanente. É a primeira necessidade. O problema de Portugal, hoje, é o desemprego.
A necessidade aguça o engenho. Num período de austeridade, as pessoas começam a fazer o que podem e a agricultura tem respondido bem. O ensino também não foi feito para levar as pessoas a trabalharem com as mãos. As pessoas têm expectativas de ter um emprego num escritório, na banca, no sector público ou numa grande empresa. Isto não acontece nos outros países. Em Portugal, pode haver investimentos produtivos em todos os sectores.
Mas o país não tem capital neste momento.
Até se descapitalizou. Em 1973, a dívida pública era de 19% do PIB, partíamos de uma situação em que não havia endividamento e rapidamente subimos por ali acima. E tivemos ajudas da UE que não havia antes.
Esse é um problema da Democracia? Não consegue ter rigor nas contas?
Não é um problema da Democracia. Então a culpa é dos partidos e dos governos?
Também não é só. Precisamos de uma melhor visão sobre os desafios e as oportunidades. Um desafio é sempre uma ameaça, mas é também uma oportunidade. Devíamos ter mudado tão depressa quanto seria necessário para tirar partido das oportunidades. Os portugueses têm todo o direito de querer um nível de vida igual aos europeus. Não é um problema de recursos. Países sem recursos, como a Dinamarca, a Suíça ou o Luxemburgo, têm dos mais altos níveis de vida da Europa e também não é pela dimensão. Portanto, em Portugal, temos uma tolerância pela ineficácia, pelo desperdício que não pode ser boa."

"Diz que é um professor pardal"


(Revista Expresso, 18 Abril 2014)

http://www.sernisid.com/

"A miragem da Europa"


"A jovem Marie calcorreou grande parte do percurso. Desde os Camarões, atravessou a pé o Mali e a Argélia, até chegar a Marrocos. Foram cerca de quatro mil quilómetros, sob o calvário do calor, da fome e do frio da noite, para acabar imobilizada entre as àrvores de Castillejos, uma floresta localizada às portas da cidade espanhola de Ceuta, que serve de refúgio a centenas de subsarianos chegados de lugares diversos da Àfrica Ocidental."

(lemos na reportagem)
(Capa da Revista Expresso - 18 Abril 2014)