Em 1991, “O Alquimista” foi oferecido à Maison Robert Laffont, uma das três maiores editoras francesas. Recusado. No ano seguinte, nova oferta; nova recusa.
Anne, filha de Laffont – e que tinha sua própria editora – passava as férias em Ibiza, quando ganhou uma cópia do livro em inglês.
“Por que não editou?”, perguntou ao pai. “Já foi recusado duas vezes”, respondeu Laffont.
Anne descobriu o motivo; a brasileira encarregada da seleção nem o tinha aberto, alegando que não era considerado pela crítica.
“Pois vou editá-lo”, disse Anne. “E farei o melhor”.
O livro saiu, e em dois meses estava no topo da lista dos mais vendidos, onde permaneceu pelo tempo recorde de 137 semanas, além de ser muito elogiado pela crítica local. Seis meses depois, Anne me telefonou:
“Mande um presente a brasileira que recusou seu livro. Há três anos, seria apenas lançamento perdido no meio de outros. Agora foi um desafio pessoal meu, e eu não podia passar vergonha diante o meu pai. Maktub!”.
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