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domingo, 20 de junho de 2010

“Depois da tempestade, a austeridade”


Artigo de João Silvestre, do Expresso, e Ilustração de Miguel Seixas / WHO, Caderno Economia, 19 Junho, páginas 8 e 9.

“….Alberto Alesina, professor em Harvard que apresentou um documento ao Ecofin onde deixava alguns conselhos aos ministros das Finanças europeus para conseguirem fazer contenções orçamentais expansionistas, fez as contas e os resultados não foram muito animadores.
Numa análise a 20 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), entre 1970 e 2007, publicado pelo National Bureau f Economic Research norte-americano em Setembro do ano passado em co-autoria com Sílvia Ardagna,identificou apenas 26 casos de consolidações expansionistas num total de 107. E só oito países o conseguiram fazer, entre os quais Portugal.
Uma taxa de sucesso de apenas 24%, que levanta algumas dúvidas sobre a capacidade dos países europeus conseguirem reduzir défices nesta fase de saída da crise sem caírem na armadilha da recessão novamente. Um cenário e double dip (recaída) em ilustrado pela história da Grande Depressão ou da longa crise japonesa da década de 90.
Portugal, neste aspecto, até é dos países com melhores resultados. Em oito consolidaçõe, conseguiu ser expansionista em três delas (1986, 1988 e 1995), o que lhe garante um sucesso em 38% dos casos e a quinta posição no conjunto de países analisados (ver gráfico com taxas de sucesso). Com uma metodologia diferente, António Afonso, num trabalho publicado pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais das Finanças em 2001, encontrou apenas um caso: 1986.”

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