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quinta-feira, 6 de março de 2014

"Octávio Teixeira:
 “Ou se desvaloriza a moeda ou se desvalorizam salários. 
Não há milagres!”

"O próprio Fundo Monetário Internacional, no relatório português sobre a 8.a e a 9.a avaliações, diz que para que em 2038 Portugal possa ter uma dívida de 60% do PIB – o limite que a União Europeia diz que é sustentável – precisaríamos de ter taxas de crescimento económico durante estes 20 e tal anos da ordem dos 1,8% em termos reais. E 1,8% significa o dobro do que tivemos nos últimos seis anos antes da crise internacional. Era necessário que as taxas de juro que temos de pagar andassem na ordem dos 3,4% e que o défice primário fosse 3,8% durante estes 20 e tal anos. 3,8%, a números actuais, significa aumentar a dose que já existe acumulada de austeridade. Isto é insustentável e impossível. O problema não se põe em querer ou não querer pagar. É possível pagar ou não? Não é possível pagar! Se não é possível pagar, temos de renegociar."


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