"Um banco foi assaltado esta semana, em plena luz do dia numa das artérias mais centrais, do Funchal.
Um assalto é sempre censurável e pouco condiz com a civilidade e urbanidade de uma sociedade justa e de um "estado de direito"... Pois está implícito uma subtracção do alheio com recurso à força e perigando a integridade dos demais. Por isso que fique claro, que recrimino tal como a maioria de nós, este tipo de atitude, pois neste caso até pode-se chegar ao cúmulo, do funcionário assaltado ter de repor a quantia entregue, pois nos seguros há sempre letras miudinhas que têm os maiores detalhes.
Um assalto é sempre censurável e pouco condiz com a civilidade e urbanidade de uma sociedade justa e de um "estado de direito"... Pois está implícito uma subtracção do alheio com recurso à força e perigando a integridade dos demais. Por isso que fique claro, que recrimino tal como a maioria de nós, este tipo de atitude, pois neste caso até pode-se chegar ao cúmulo, do funcionário assaltado ter de repor a quantia entregue, pois nos seguros há sempre letras miudinhas que têm os maiores detalhes.
Todavia, não deixa de merecer alguma reflexão, este tipo de fenómeno pouco comum na nossa pacata e "anestesiada" comunidade.
Esta ocorrência é criminalmente qualificada por assalto e constitui um ilícito. Temo até que com os tempos mais exigentes que aí vêm, tal situação passe a ser mais "normal".
Esta ocorrência é criminalmente qualificada por assalto e constitui um ilícito. Temo até que com os tempos mais exigentes que aí vêm, tal situação passe a ser mais "normal".
Mas se bem nos lembrarmos, a banca é dos poucos negócios que prosperam sempre. Até nos períodos de "crise", apresentam lucros pornográficos e são socorridos pelos Estados (nós) para não afundarem, quando se "auto-intoxicam"... São a face do "monetarismo gulão" global ao qual os governos se encostam e fazem submeter as políticas que os fazem eleger, ao diapasão do capital cru e duro.
É esta a mesma banca que nos sorve os tostões, das contas pouco provisionadas para gastos administrativos, dos juros "de juros", dos spreads esticados sob a contratação doutros catálogos com que nos abraçam e prendem. E tudo isto num sector que nem paga a mesma percentagem de IRC como uma qualquer empresa...
Até o banco estatal (CGD), perante a magra incidência de tímidos impostos sobre a banca, tem o descaramento de dizer pela boca do seu presidente - um ex-ministro (de direita) -, que esses custos serão repercutidos pelos clientes (nós)! No mesmo dia do assalto houve uma peregrinação de banqueiros implorar a um político de direita (claro), que viabilize um Orçamento de Estado que nos... Empobrece ainda mais.
Até o banco estatal (CGD), perante a magra incidência de tímidos impostos sobre a banca, tem o descaramento de dizer pela boca do seu presidente - um ex-ministro (de direita) -, que esses custos serão repercutidos pelos clientes (nós)! No mesmo dia do assalto houve uma peregrinação de banqueiros implorar a um político de direita (claro), que viabilize um Orçamento de Estado que nos... Empobrece ainda mais.
E a isto tudo, não se chama de "assaltos"... Com letras mais ou menos miudinhas, com fatiota e gravata, sem capuz ou óculos escuros, vão-nos ao bolso e nenhum inquérito é-lhes imposto...
...É que há assaltos que nem reclamam qualquer arma, não sendo por isso, notícia..."
...É que há assaltos que nem reclamam qualquer arma, não sendo por isso, notícia..."
Carta do Leitor, Diário Notícias, Link
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