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quarta-feira, 16 de junho de 2010

“Sinais de aviso do enfarte do miocárdio”



“O enfarte agudo do miocárdio pode ter como prenúncio, na véspera ou antevéspera, um mais fácil aparecimento da dor ou do ardor habituais em quem já sofre de angina de peito (e com menos esforços). A maioria das vezes é sentido, quase subitamente, como uma dor a meio do peito, mais forte do que as dos outros dias, resistente à nitroglicerina. Ou então pode aparecer como um raio em céu azul, uma pressão angustiante, ou uma dor excruciante, no peito, com irradiação ao braço esquerdo ou ao queixo, podendo provocar vómitos e sudação, e mesmo a sensação de morte iminente.
Há vários sinais que podem indciar um enfarte agudo do miocárdio: queda de tensão, insuficiência cardíaca esquerda (com edema agudo do pulmão), arritmias malignas evando à paragem do coração ou mesmo um AVC. Mas também pode acontecer – e é importante dizê-lo – que não apareçam manifestações clínicas de enfarte em casos de enfarte silencioso, isto é, sem dor, e só com pequenas queixas que até parecem digestivas!
O enfarte silencioso é mais frequente em doentes diabéticos (com doença isquémica prévia, já de si silenciosa), ou em idosos, mas tem de ser recordado, porque pode acontecer a qualquer um (20 por cento do total, dizem os americanos). Por isso se deve fazer ECG urgente a todos os pacientes com AVC agudos, e casos de diminuição da oxigenação cerebral ou de insuficiência cardíaca esquerda inesperada, com falta de ar, baixa de tensão e auscultação de sinais que indiciem edema pulmonar ou asma cardíaca.
Não esqueça – um AVC pode ser consequência de uma queda brusca de tensão a seguir a um enfarte do miocárdio. O doente com o AVC pode já não estar consciente para contar as dores torácicas iniciais…A família tora-se o seu único porta-voz!” (p.176-177)

In “O Livro do Coração”, Prof. Fernando de Pádua, 2008,1ª ed.,Alfragide:Academia do Livro.

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