No artigo dos jornalistas, Isabel Resende e João Paulo Madeira, no semanário Sol (Confidencial pgs.2 e 3), de 28 Maio 2010,“Dificuldades na banca atingem PME”, é destacada a seguinte informação:
“Até Março, faliram 11.820 empresas de pequena e média dimensão e outras 40 mil poderão seguir o mesmo caminho. Há bancos a aplicar spreads de 10%.”
“Número
Em Abril de 2005, existiam emPortugal 479.616 PME.
Em Maio de 2010, o número está em 267.000
Emprego
Empregam 2,3 milhões de pessoas, contando com subcontratados a termo, estagiários e recibos verdes.
Representam 74,7% do emprego do país.
Facturação
O volume de negócios gerado pelas PME em 2009 terá sido de 110,7 mil milhões de euros, uma redução de 6% face a 2008.
Dimensão
Equivalente à média europeia: nove trabalhadores por empresa”
“20% com dívidas em atraso”
“Mais de 20% das empresas portuguesastêm dívidas em atraso aos bancos e, nas que pedem montantes até 20 mil Euros, essa percentagem sobe para 23%. Em 2007, antes da crise, 17% das sociedades com empréstimos mais baixos estavam em incumprimento.
Sem discriminar entre grandes grupos e PME, o Boletim Estatístico do Banco de Portugal (BdP) mostra que 57% das empresas pedem menos de 50 mil euros nas operações de crédito junto da banca. Apenas 6,5% contraem empréstimos superiores a um milhão de euros, segundo dados de Março.
Os sectores com mais crédito mal parado são os do comércio e de reparação de automóveis, em que 6,7% do total de crédito não é pago há mais de três meses. A seguir, surgem a construção e a indústria transformadora (6%) e a pesca (5,2%).
“Lisboa pede mais”
“Ainda de acordo com o BdP, as regiões com mais crédito mal parado no segmento empresarial são o Alentejo e a Região Autónoma da Madeira. A Grande Lisboa é a que absorve mais crédito bancário e tem o rácio de crédito vencido abaixo da média.
As dificuldades no mercado de crédito faze-se sentir no sector financeiro. Em Abril, os bancos portugueses foram buscar ao Banco Central Europeu um valor recorde de dinheiro: 17,7 mil milhões de euros. Este montante é três vezes superior ao que solicitado antes da falência do Lehman Brothers, em 2008.
Os últimos dados disponíveis, de final de 2009, mostram que o recurso ao BCE é cada vez mais importante no financiamento da banca portuguesa. Em Dezembro, 21% dos recursos captados pela banca vieram daquela instituição europeia quando um ano antes esta percentagem estava em 14%.”
Neste contexto fica a sugestão do artigo “PME votam “nim”” (link), das jornalistas, Alexandra de Noronha e Alexandra Machado, publicado no Jornal de Negócios, em 24/09/2009.
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