A edição do Jornal de Negócios, de hoje, num artigo do jornalista, António Larguesa, e com o título “Portugal com maior risco de quebra do PIB durante jogos do Mundial” revela que “estudo projecta perdas potenciais de 280 milhões de euros devido aos jogos da selecção na fase de grupos”.
“As contas foram feitas pelo Instituto Internacional para o Desevolvimento da Gestão (IMD, na sigla inglesa), que originou um animado debate sobre se as empresas deveriam ou não interromper a produção para permitir aos trabalhadores acompanharem os jogos das selecções no Mundial.
O estudo elaborado por dois investigadores da escola de Lausanne (Suíça) – o “Financial Times” avaliou-a como a segunda melhor do mundo no ramo da Gestão – calcula que Portugal arrisca perder um total de 342,2 milhões de dólares (278,6 milhões de euros) só na fase de grupos da competição. Este é o valor estimado para a eventualidade de “apenas” 50% dos trabalhadores nacionais estarem mais concentrados nos golos de Ronaldo, Liedson e companhia, do que no trabalho.” (pg.12)
Uma perspectiva que o artigo não contempla no cenário é de que,quando as condições estruturais e / ou conjunturais dos países é condicionante do seu poder de compra, e que em consequência os países exportadores terão de produzir menos. Manter produtos em stock, além dos custos inerentes de armazenagem, haverá o risco de além do seu preço de custo aumentar, o que poderá torná-los menos competitivos à posteriori, colocando novos problemas na gestão para venda dos mesmos.
O equilíbrio é sempre o desejável, pelo menos que haja aproximação ao mesmo, e no contexto do Mundial, certamente que, a satisfação das pessoas ou, pelo menos a melhoria dela possa ser um pequeno contributo para a Vida das pessoas nos tempos que vivemos.
O artigo revela a opinião de um investigador do IMD, Karsten Jonsen, que “estes grandes eventos juntam as pessoas e ajudam a criar coesão e interacção, ambos em falta na sociedade moderna”.
É verdade que nos tempos de crise, a sensibilidade ao valor aumenta, pois estaremos a comparar com padrões anteriores cujos indicadores eram mais elevados. Desejaremos que as economias e a optimização seja a melhor, mas, como diz o ditado popular de que “dois proveitos não cabem no mesmo saco”.
Que fique pelo menos um proveito, o da satisfação e contributo para a auto-estima da Nação.
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